Os três evangelhos

"...segundo o meu evangelho..." (Romanos 16.25).

Uma coisa que me intrigou por muito tempo, é que como Paulo podia ter a ousadia de chamar o evangelho de seu evangelho. Paulo em Romanos, fala no capítulo 1, no verso 15, que gostaria de anunciar também aos romanos o evangelho.

De que evangelho ele fala, sendo que ele não escreve a pessoas incrédulas, que não conhecem ao Senhor Jesus, mas sim a irmãos em Cristo? E todos irmãos já amadurecidos como ele mesmo nos apresenta em Romanos capítulo 16!

A princípio vemos nas Escrituras o evangelho da graça: "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (At. 20.24). Este evangelho nos fala de toda a graça de Deus que nos dada em Cristo naquela cruz. O evangelho da graça é Cristo crucificado, a Palavra da cruz: "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" (I Cor. 1.17-18).

Quando cremos no evangelho da graça, nascemos de novo e entramos no reino de Deus (João 3.3-5). Uma vez no reino, o Senhor nos apresenta o evangelho do reino. O evangelho da graça nos fala das boas novas em Cristo para a nossa salvação, o evangelho do reino nos fala das boas novas sobre o reino em Cristo: "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino..." (Mat. 4.23).

Grande parte da pregação de Jesus foi sobre o evangelho do reino, o evangelho para os filhos de Deus. Se ouvirmos sobre o evangelho do reino antes de ouvir o evangelho da graça, corremos o risco de achar que a salvação é pelas obras, mas não. O evangelho da graça é toda a graça que nos foi dada por Deus em Cristo, já o evangelho do reino é para que os santos que estão em Cristo participem do Seu reino: "Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos..." (II Tim. 2.11-12).

Agora chegamos ao terceiro evangelho, o evangelho de Paulo. Este evangelho que ele chama de seu evangelho, nada mais é do que a revelação do mistério que lhe foi dada por Deus, o mistério de Cristo que é a Igreja. As riquezas insondáveis em Cristo, a dispensação do mistério que esteve oculto por gerações: "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo" (Ef. 3.8-9).

Não há três evangelhos, mas apenas um: o evangelho de Deus. As boas novas de grande alegria que Deus deu ao homem em Cristo; a justiça de Deus que é revelada de fé em fé.

Tanto o evangelho da graça, como o evangelho do reino e o evangelho de Paulo fala de tudo o que Deus nos deu em Cristo, o Filho do Deus vivo: "Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rom. 1.3-4).


Fonte: Águas Vivas

Caim e Abel

Qualquer que seja a religião que o homem professe, seja nova ou antiga, caracteriza-se fundamentalmente pela forma em que ensina a seus seguidores a aproximar-se de Deus. Ou lhes ensina a aproximar-se por suas obras, ou lhes ensina a aproximar-se pela fé; por seus próprios méritos, ou por meio de uma justiça externa.

Há na Bíblia dois homens, irmãos entre si, que representam essas duas posturas, essas duas formas de apresentar-se perante Deus. Um é Caim e o outro é Abel. Ambos, filhos de Adão e Eva.

Tanto Caim como Abel nasceram fora do jardim, depois da queda de seus pais. Ambos tinham herdado a mesma natureza pecaminosa daqueles. No entanto, à hora de apresentar-se perante Deus eles assumiram atitudes em sentidos opostos. A Palavra de Deus diz claramente que a diferença não fundamentou na diferente natureza desses homens, nem em nenhuma outra circunstância humana, somente nas oferendas que apresentaram. A oferenda falava claramente a respeito do que tinha no coração deles.

Em Hebreus 11:4 diz: "Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala". Caim ofereceu a Deus o fruto da terra. Isto, o que pode parecer louvável, não o era, porquanto a terra estava amaldiçoada. Por causa da queda de Adão, Deus tinha declarado seu juízo sobre a terra e sobretudo que tinha sido contaminado pelo pecado. De maneira que, ao oferecer uma oferenda da terra, ele desconhecia maliciosamente essa maldição. Deus tinha sacrificado um animal para cobrir a Adão e Eva, declarando a insuficiência das vestimentas confeccionadas por eles.

Agora, Caim menosprezava a forma como Deus atribuía justiça ao homem, apresentando uma oferenda incruenta, como se o homem nunca tivesse pecado, e como se Deus nunca tivesse declarado seu juízo para eles. A Bíblia diz em Hebreus que "sem derramamento de sangue não há remissão". Caim era pecador, e entre ele e Deus se interpunha a morte. No entanto ele ignorou tudo isto. Ele tratou Deus como se fosse seu igual, quem poderia aceitar a oferenda do campo maldito e passar por cima do seu pecado não confessado.

Abel, ao contrário, compreendeu que se tinha aberto um caminho até Deus por meio do sacrifício de Outro, e que as demandas da justiça e santidade de Deus foram satisfeitas mediante a substituição de uma Vítima sem defeito.

Esta é a doutrina da cruz, a única que Deus aprovou, e por meio da qual o pecador acha perdão e paz. Esta é também a única maneira em que Deus é glorificado. Abel entendeu que nenhuma de suas boas obras podia permitir-lhe o acesso a Deus. Assim também é como crê todo homem que foi tocado por Deus para ver sua extrema insolvência e para ver, ao mesmo tempo, a satisfação com que Deus olha o sacrifício de seu Filho. Cristo satisfez por completo todas as demandas divinas, e tirou do nosso meio o pecado.

Você pode ver a diferença entre Caim e Abel? Por que um foi recusado e o outro aceito? Se você segue o caminho de Caim será igualmente recusado; se segue o caminho de Abel, será igualmente aceito.

24 Marcas da Maturidade

1° Eles têm amor.

2° Eles são vazios de si mesmos.

3° Eles são totalmente entregues para Deus.

4° Eles não buscam a si mesmos.

5° Por não buscarem seus próprios objetivos eles obtêm verdadeiro contentamento.

6° Eles esperam em Deus para saberem o que Ele quer que façam e eles se esforçam ao máximo para cumprir a Sua vontade.

7° Eles, diariamente,abrem mão da suas vontades pela vontade de Deus.

8° Todas as suas capacidades são trazidas em sujeição a Deus.

9° Eles sempre tem o senso da presença de Deus em todas as coisas, quer doces ou amargas.

10° Eles recebem todo prazer e todo sofrimento não como advindas das criaturas de Deus, mas do próprio Deus.

11° Eles não se deixam cativar pela suas concupiscências por coisas criadas.

12° Eles nunca são movidos da verdade pela contradição ou infortúnios.

13° Eles não são enganados por falsas aparências mas consideram as coisas como realmente são, e isso num espirito de bondade e amor.

14° Eles estão armados com toda virtude, p rontos para lutar contra todo pecado e vício e obter a vitória e recompensa em todos os conflitos.

15° Eles observam o que Deus requer deles , ordenam suas vidas concordemente a isso e agem segundo aquilo que professam.

16° Eles são pessoas de poucas palavras,mas com muita vida interior.

17° Eles são irrepreensíveis e justos,mas não se ensoberbecem por causa disso.

18° Eles são retos e sinceros e pregam mais com suas ações do que com seus lábios.

19° Eles não tem nenhum outro alvo além da Glória de Deus.

20° Eles estão dispostos a serem repreendidos e abrirem mão dos seus direitos.

21° Eles não desejam sua própria vantagem e acham que as menores coisas já são boas demais para eles.

22° Eles se consideram menos sábios e dignos que outros homens e são humildes em tudo.

23° Eles copiam o exemplo do Senhor Jesus em todas as coisas e rejeitam tudo o que não é próprio para aqueles que seguem o Senhor.

24° E finalmente, se eles são desprezados por muitos, isso será muito mais bem vindo do que todo favor do mundo.

Carta à Bispa Evônia*


por Augustus Nicodemus Lopes


[*Nota – é mais uma carta ficticia, gênero que uso como maneira de tornar as minhas idéias mais interessantes para o leitor. Minha esposa não tem (ainda) nenhuma amiga que virou bispa.]

Minha cara Evônia,Minha esposa me falou do encontro casual que vocês duas tiveram no shopping semana passada. Ela estava muito feliz em rever você e relembrar os tempos do ginásio e da igreja que vocês frequentavam. Aí ela me contou que você foi consagrada pastora e depois bispa desta outra denominação que você tinha começado a frequentar.Ela também me mostrou os e-mails que vocês trocaram sobre este assunto, em que você tenta justificar o fato de ser uma pastora e bispa, já que minha esposa tinha estranhado isto na conversa que vocês tiveram. Ela me pediu para ler e comentar seus argumentos e contra-argumentos. Não pretendo ofendê-la de maneira nenhuma – nem mesmo conheço você pessoalmente. Mas faço estes comentários para ver se de alguma forma posso ser útil na sua reflexão sobre o ter aceitado o cargo de pastora e de bispa.Acho, para começar, que você ser bispa vem de uma atitude de sua comunidade para com as Escrituras, que equivale a considerá-la condicionada à visão patriarcal e machista da época. Ou seja, ela é nossa regra, mas não para todas as coisas. Ao rejeitar o ensinamento da Bíblia sobre liderança, adota-se outro parâmetro, que geralmente é o pensamento e o espírito da época.E é claro, Evônia, que na nossa cultura a mulher – especialmente as inteligentes e dedicadas como você – ocupa todas as posições de liderança disponíveis, desde CEO de empresas a presidência da República – se a Dilma ganhar. Portanto, sem o ensinamento bíblico como âncora, nada mais natural que as igrejas também coloquem em sua liderança presbíteras, pastoras, bispas e apóstolas.Mas, a pergunta que você tem que fazer, Evônia, é o que a Bíblia ensina sobre mulheres assumirem a liderança da igreja e se este ensino se aplica aos nossos dias. Não escondo a minha opinião. Para mim, a liderança da igreja foi entregue pelo Senhor Jesus e por seus apóstolos a homens cristãos qualificados. E este padrão, claramente encontrado na Bíblia, vale como norma para nossos dias, pois se baseia em princípios teológicos e não culturais. Reflita no seguinte.

1. Embora mulheres tenham sido juízas e profetisas (Jz 4.4; 2Re 22.14) em Israel nunca foram ungidas, consagradas e ordenadas como sacerdotisas, para cuidar do serviço sagrado, das coisas de Deus, conduzir o culto no templo e ensinar o povo de Deus, que eram as funções do sacerdote (Ml 2.7). Encontramos profetisas no Novo Testamento, como as filhas de Felipe (At 21.9; 1Co 11.5), mas não encontramos sacerdotisas, isto é, presbíteras, pastoras, bispas, apóstolas. Apelar à Débora e Hulda, como você fez em seu e-mail, prova somente que Deus pode usar mulheres para falar ao seu povo. Não prova que elas tenham que ser ordenadas.

2. Você disse à minha esposa que Jesus não escolheu mulheres para apóstolas porque ele não queria escandalizar a sociedade machista de sua época. Será, Evônia? O Senhor Jesus rompeu com vários paradigmas culturais de sua época. Ele falou com mulheres (Jo 8.10-11), inclusive com samaritanas (Jo 4.7), quebrou o sábado (Jo 5.18), as leis da dieta religiosa dos judeus (Mt 7.2), relacionou-se com gentios (Mt 4.15). Se ele achasse que era a coisa certa a fazer, certamente teria escolhido mulheres para constar entre os doze apóstolos que nomeou. Mas, não o fez, apesar de ter em sua companhia mulheres que o seguiam e serviam, como Maria Madalena, Marta e Maria sua irmã (Lc 8.1-2).

3. Por falar nisto, lembre também que os apóstolos, por sua vez, quando tiveram a chance de incluir uma mulher no círculo apostólico em lugar de Judas, escolheram um homem, Matias (At 1.26), mesmo que houvesse mulheres proeminentes na assembléia, como a própria Maria, mãe de Jesus (At 1.14-15) – que escolha mais lógica do que ela? E mais tarde, quando resolveram criar um grupo que cuidasse das viúvas da igreja, determinaram que fossem escolhidos sete homens, quando o natural e cultural seria supor que as viúvas seriam mais bem atendidas por outras mulheres (Atos 6.1-7).

4. Tem mais. Nas instruções que deram às igrejas sobre presbíteros e diáconos, os apóstolos determinaram que eles deveriam ser marido de uma só mulher e deveriam governar bem a casa deles – obviamente eles tinham em mente homens cristãos (1Tm 3.2,12; Tt 1.6) e não mulheres, ainda que capazes, piedosas e dedicadas, como você. E mesmo que reconhecessem o importante e crucial papel da mulher cristã no bom andamento das igrejas, não as colocaram na liderança das comunidades, proibindo que elas ensinassem com a autoridade que era própria do homem (1Tm 2.12), que participassem na inquirição dos profetas, o que poderia levar à aparência de que estavam exercendo autoridade sobre o homem (1Co 14.29-35). Eles também estabeleceram que o homem é o cabeça da mulher (1Co 11.3; Ef 5.23), uma analogia que claramente atribui ao homem o papel de liderança.

5. Você retrucou à minha esposa na troca de e-mails que nenhuma destas passagens se aplica hoje, pois são culturais. Mas, será, Evônia, que estas orientações foram resultado da influência da cultura patriarcalista e machista daquela época nos autores bíblicos? Tomemos Paulo, por exemplo. Será que ele era mesmo um machista, que tinha problemas com as mulheres e suspeitava que elas viviam constantemente tramando para assumir a liderança das igrejas que ele fundou, como você argumentou? Será que um machista deste tipo diria que as mulheres têm direito ao seu próprio marido, que elas têm direitos sexuais iguais ao homem, bem como o direito de separar-se quando o marido resolve abandoná-la? (1Co 7.2-4,15) Um machista determinaria que os homens deveriam amar a própria esposa como amavam a si mesmos? (Ef 5.28,33). Um machista se referiria a uma mulher admitindo que ela tinha sido sua protetora, como Paulo o faz com Febe (Rm 16.1-2)?

6. Agora, se Paulo foi realmente influenciado pela cultura de sua época ao proibir as mulheres de assumir a liderança das igrejas, o que me impede de pensar que a mesma coisa aconteceu quando ele ensinou, por exemplo, que o homossexualismo é uma distorção da natureza acarretada pelo abandono de Deus (Rm 1.24-28) e que os sodomitas e efeminados não herdarão o Reino de Deus (1Co 6.9-11)? Você defende também, Evônia, que estas passagens são culturais e que se Paulo vivesse hoje teria outra opinião sobre a homossexualidade? Pergunto isto pois em outras igrejas este argumento está sendo usado.

7. Tem mais, se você ainda tiver um tempinho para me ouvir. As alegações apostólicas não me soam culturais. Paulo argumenta que o homem é o cabeça da mulher a partir de um encadeamento hierárquico que tem início em Deus Pai, descendo pelo Filho, pelo homem e chegando até a mulher (1Co 11.3).[1] Este argumento me parece bem teológico, como aquele que faz uma analogia entre marido e mulher e Cristo e a igreja, “o marido é o cabeça da mulher como Cristo é o cabeça da igreja” (Ef 5.23). Não consigo imaginar uma analogia mais teológica do que esta para estabelecer a liderança masculina. E quando Paulo restringe a participação da mulher no ensino autoritativo –que é próprio do homem – argumenta a partir do relato da criação e da queda (1Tm 2.12-14).[2]

8. Você já deve ter percebido que para legitimar sua posição como bispa você teve que dar um jeito neste padrão de liderança exclusiva masculina que é claramente ensinado na Bíblia e na ausência de evidências de que mulheres assumiram esta liderança. Não tem como aceitar ser bispa e ao mesmo tempo manter que a Bíblia toda é a Palavra de Deus para nossos dias. E foi assim que você adotou esta postura de dizer que a liderança exclusiva masculina é resultado da cosmovisão patriarcal e machista dos autores do Antigo e Novo Testamentos, e que portanto não pode ser mais usada em nossos dias, quando os tempos mudaram, e as mulheres se emanciparam e passaram a assumir a liderança em todas as áreas da vida. Em outras palavras, como você mesmo confirmou em seu e-mail, a Bíblia é para você um livro culturalmente condicionado e só devemos aplicar dele aquelas partes que estão em harmonia e consenso com nossa própria cultura. Eu sei que você não disse isto com estas exatas palavras, mas a impressão que fica é que você considera a Bíblia como retrógrada e ultrapassada e que o modelo de liderança que ela ensina não serve de paradigma para a liderança moderna da Igreja de Cristo.Quando se chega a este nível, então, para mim, a porta está aberta para a entrada de qualquer coisa que seja aceitável em nossa cultura, mesmo que seja condenada nas Escrituras. Como você poderá, como bispa, responder biblicamente aos jovens de sua igreja que disserem que o casamento está ultrapassado e que sexo antes do casamento é normal e mesmo o relacionamento homossexual? Como você vai orientar biblicamente aquele casal que acha normal terem casos fora do casamento, desde que estejam de acordo entre eles, e que acham que adultério é alguma coisa do passado?Sabe Evônia, você e a sua comunidade não estão sozinhas nessa distorção. Na realidade esse pensamento é também popularizado por seminários de denominações tradicionais e professores de Bíblia que passaram a questionar a infalibilidade das Escrituras, utilizando o método histórico crítico, ensinando em sala de aula que Paulo e os demais autores do Novo Testamento foram influenciados pela visão patriarcal e machista do mundo da época deles. Só podia dar nisso... na hora que os pastores, presbíteros e as próprias igrejas relativizam o ensino das Escrituras, considerando-o preso ao séc. I e irremediavelmente condicionado à visão de mundo antiga, a igreja perde o referencial, o parâmetro, o norte, o prumo – e como ninguém vive sem estas coisas, elege a cultura como guia.Termino reiterando meu apreço e respeito por você como mulher cristã e pedindo desculpas se não posso me dirigir a você, em nossa correspondência pessoal, como “bispa” Evônia. Espero que meus motivos tenham ficado claros.

Um abraço,Augustus

NOTAS[1] Esse encadeamento hierárquico se refere à economia da Trindade e trata das diferentes funções assumidas pelas Pessoas da Trindade na salvação do homem. Ontologicamente, Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em honra, glória, poder, majestade, como afirmam nossas confissões reformadas.[2] Veja minha interpretação desta passagem e de outras no artigo da Fides Reformata “Ordenação Feminina”.


A FESTA DAS CABANAS

Como nos ensina Paulo em Colossenses, no capítulo 2, nos versos 16 e 17, as festas de Israel são sombras, são figuras de Cristo. No 15º dia do sétimo mês, que para nós corresponde ao mês de outubro, porque no calendário judaico o primeiro mês é à partir de abril, da festa da páscoa, é comemorada a festa das cabanas, ou dos tabernáculos (Lev. 23.34). Esta é a última das festas anuais, das festas solenes para o povo de Israel mencionadas em Levítico 23, mas a primeira a ser referida por Deus depois da saída do Egito.

Isto porque a primeira jornada do povo de Israel, depois que saíram do Egito foi de Ramessés até Sucote (Num. 33.5). Sucote quer dizer 'cabanas', que tem o mesmo nome da festa das cabanas que em hebraico se chama 'sucot'. Isto nos traz algo revelador, porque depois da páscoa, que representa a obra sacrificial de Cristo na cruz, eles partiram no dia seguinte, isto é, dia 15 do primeiro mês, porque a páscoa foi no dia 14, de Ramessés e caminharam até Sucote. Isto nos ensina que à partir da regeneração, do nosso novo nascimento em Cristo que vem pela fé na obra sacrificial de Cristo na cruz, Deus quer que vivamos como Igreja, porque a festa das cabanas representa a comunhão de todos os santos, assim também como a comunhão final e eterna de Cristo e a Igreja.

Na festa das cabanas todos cortavam folhas de palmeiras e faziam cabanas no terraço, no pátio e no átrio do templo (Nee. 8.16). Nesta festa não se distinguia um pobre de um rico, um escravo de um livre, um jovem de um velho, um homem de uma mulher, casados, viúvas ou órfãos, mas todos eram um, um sem distinção. Assim é o coração do Senhor em sua festa após tomar um pecador como filho. A festa que começa no céu (Luc. 15.7), continua na comunhão dos santos, porque este é o sentido real da comunhão: uma festa solene.

Após a regeneração, a primeira jornada de um cristão é até Sucote, isto é, até a Casa de Deus, para estar em comunhão com os santos, na unidade do Corpo de Cristo, sem distinção alguma. Onde não há grego, nem judeu, escravo ou livre, bárbaro ou cita, mas todos são um em Cristo (Col. 3.11). Tudo aquilo que para o Senhor se tornou uma batalha, e depois em vitória, para nós terminou em festa. Sim, porque toda batalha para o Senhor resulta em festa para o seu povo.

Mas esta festa também nos traz mais coisas reveladoras. Como nos ensina João, no capítulo 1, no verso 14, quando diz que Jesus, que é o verbo que se fez carne, e habitou entre nós, no original grego significa que Jesus 'tabernaculou', ou habitou num tabernáculo entre os homens. Paulo também usa esta expressão para o nosso corpo quando diz: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" II Coríntios 5.1.

Mas esta festa também traz ainda algo revelador, porque ela é comemorada pelos judeus (seguindo o calendário lunar) agora em outubro, e pela data, seria à partir do dia 15. Isto revela a época do nascimento de Jesus, do tempo que ele tomou um tabernáculo, que é o primeiro dia desta festa e que ao oitavo dia foi circuncidado, que representa a festa do primeiro ao oitavo dia (Lev. 23.39).

Mas como a saída do Egito, ela representa a primeira para o Senhor e para nós na realidade, e a última festa também, porque ela trata da volta de Cristo. Esta festa é a última do ano onde havia muita alegria e regozijo. Por isso é comparada a uma festa de casamento, e em Apocalipse no capítulo 21, nos versos 2 e 3, nos diz que a Igreja virá adereçada como uma noiva para o seu noivo, e o tabernáculo de Deus estará com os homens. Aleluia! Este tabernáculo de Deus é Cristo, e esta será a última e permanente festa: A comunhão do Senhor com a Sua Igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Diáfana como o cristal, como o cristal resplandecente (Apoc. 21.11).

Como podemos ver, a festa das cabanas é a última das festas, mas em nossa jornada ou carreira cristã ela é a primeira que o Senhor quer que nós gozemos. Porque aquilo que está prometido para um tempo ainda distante, para nós pode já ser uma realidade presente. A comunhão com o Senhor e a comunhão de uns com os outros, na unidade do Espírito é uma realidade que o Senhor deseja para nós. O nosso primeiro acampamento depois da regeneração é Sucote, é a Casa de Deus, a Igreja do Deus vivo, e será a última pela eternidade, de muita alegria e regozijo.

GRAÇA, MISERICÓRDIA E PERDÃO


Quantas vezes temos que perdoar o nosso irmão? Sete vezes em um dia? Jesus disse: "Até setenta vezes sete". Parece um absurdo? Para Deus não. Na parábola do credor incompassivo (Mateus 18.21-35), Jesus nos ensina isto.

Jesus por esta parábola faz primeiramente olharmos para nós. Quanto o Deus gracioso nos perdoou? Uma conta impagável: "(Pois a redenção da sua alma é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam)" Salmos 49.8.

Pela parábola, fazendo as contas, teríamos que viver 164.000 anos para pagar a dívida. Nem mesmo vendendo tudo o que tínhamos poderia saldá-la. Não é incoerência que aquele servo tenha pedido no v.26 paciência, para que pudesse pagar a sua dívida? Mas o senhor daquele servo, gracioso e cheio de misericórdia, entendendo que ele jamais poderia pagá-la, perdoou-lhe a dívida.

Não foi assim conosco também? O nosso Senhor, gracioso e cheio de misericórdia não riscou e escrito de dívida que havia contra nós naquela cruz? Sim, totalmente: "Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz"Colossenses 2.14.

Jesus continua dizendo que aquele servo, logo encontrou pelo caminho alguém que lhe devia 100 dias de trabalho. Apenas 100 dias. Se ele fosse cobrar antes, porque tinha uma dívida a ser paga, ainda seria aceitável, mas depois que foi imensamente perdoado!

No verso 30 o clamor do seu conservo foi o mesmo que a pouco ele mesmo tinha feito ao seu senhor, mas ele não quis, antes foi encerrá-lo na prisão.

Jesus então ensina que o senhor daquele servo quando soube, indignado, o entregou aos seus algozes até que pagasse tudo o que lhe devia. E nos diz: "Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas" (v35).

Fazendo mais alguns cálculos, caso esse servo perdoasse setenta vezes sete a dívida do seu conservo a cada dia, por um período de mais 50 anos, perdoando 490 vezes por dia, ainda assim a dívida do seu conservo seria cerca de 25 vezes menor que a sua.

O mistério da piedade, que nos fala Paulo em I Timóteo 3.16, nos ensina que o Deus gracioso, amoroso, misericordioso e bondoso se manifestou em carne. Jesus é a expressa imagem do seu Ser (Hebreus 1.3)

Em Jesus Cristo vemos toda a benignidade de Deus (Tito 3.4). Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2.9)

Este mistério da piedade continua. O Deus benigno, que se manifestou em carne e que foi justificado no espírito, agora quer manifestar a sua vida piedosa através do seu povo, da Sua Igreja (Efésios 2.10).

Temos que fazer esta conta para que avaliemos o quanto o nosso Deus foi gracioso e misericordioso conosco. E o quanto Ele quer manifestar por Cristo, a sua vida piedosa em nós. Misericórdia quero diz o nosso Senhor, e não sacrifício.

Agora "se alguém... não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe..." I Timóteo 6.1-2.

CHAMADOS PARA FORA

Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus. Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Levítico 20:7 e 1 Pedro 1:16.
O assunto hoje é acerca da Igreja, a Igreja é a assembléia dos chamados para fora. Queria usar um tempo para mostrar aos irmãos de onde fomos chamados para fora. Vamos ler emGênesis 4:16 Retirou-se Caim da presença do SENHOR e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.
Aqui mostra uma pessoa que se retirou da presença de Deus. Caim, filho de Adão e Eva, da primeira família que existiu na terra, foi aquele que matou Abel, seu irmão, por causa de inveja. Na verdade, não estou falando do crime. Todos que conhecem tal história ficam aterrorizados com o fato de Caim ter matado a seu irmão. Mas aqui, trata-se do fato de Caim sair da presença do Senhor, que é muito pior do que matar Abel. Se ele se arrependesse, o Senhor o perdoaria e ele poderia continuar na presença do Senhor. Mas ele não se arrependeu, e seu pecado maior foi retirar-se da presença do Senhor. Quando você sai da presença do Senhor, tudo o que você faz não provém de Deus, mas de você mesmo ou de Satanás. O homem, quando saiu da presença do Senhor, começou a construir algo para si mesmo. Por quê? Porque Deus era a alegria do homem, a segurança do homem. Mas agora ele não tem Deus e por isso tem que construir algo para substituir Deus. E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho. Gênesis 4:17.
Após sair da presença de Deus, Caim edificou uma cidade. O homem fora de Deus constrói uma cidade. Enoque significa inauguração. Toda inauguração atrai pessoas. Espero que você não esteja aqui por nenhuma inauguração, pois não estamos inaugurando nenhuma “igreja”, a Igreja existe já dentro do coração de Deus. Todo aquele que creu em sua morte e ressurreição com Cristo e foi batizado é membro da Igreja. Não da “igreja denominação”, mas da Igreja de Cristo. Nós somos a Igreja! Aqui, Caim fez uma cidade. O homem sem Deus precisa de uma cidade para supri-lo. Leiamos Gênesis 4:19 Lameque tomou para si duas esposas: o nome de uma era Ada, a outra se chamava Zilá.
Quando é que o homem precisou de duas esposas? Quando saiu da presença do Senhor. Duas esposas é fruto do homem fora da presença de Deus. O homem fora de Deus é insaciável, pois vive pela sua carne, não tem alegria, não tem satisfação. A mesma coisa em João 4, vemos uma mulher que tivera cinco maridos, e o que agora tinha não era seu marido. Ela achava que o que ela precisava era marido, mas não era! O que falta é Cristo em nossa vida! Não falta marido, mas Cristo! O que precisamos é da presença do Senhor, em Sua presença somos pessoas normais, pessoas satisfeitas, e valorizamos o que o Senhor nos dá. Vamos ler mais um versículo em Gênesis 4:20. Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado.
Fora da presença de Deus o homem começou a construir tendas e a criar gado. Gado para comer. Antes Deus dava tudo que o homem necessitasse. Mas, depois que o homem saiu da presença dEle, ele passou a criar gado para comer, pois Deus não mais o alimentava. Também construiu tendas para a sua moradia, pois Deus não era mais a sua habitação. Agora vejam que interessante o verso 21 de Gênesis 4: O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
Vejam, esses instrumentos são muito antigos, a primeira família da terra já tocava harpa e flauta, para haver música, para se alegrar, pois Deus não era mais a sua alegria. Essa é a origem da música. Não estou falando do louvor, mas da música, a qual é fruto do homem fora da presença de Deus, pois o homem queria se alegrar. Vamos ler Gênesis 4:22 Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim, artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro; a irmã de Tubalcaim foi Naamá.
Instrumentos cortantes são as armas, lanças, facas; tudo para se defender, porque Deus não era mais a sua segurança. O homem sem Deus perdeu a segurança, perdeu a alegria, perdeu a habitação e perdeu o sustento. Veja se não é exatamente isso o que vemos hoje nessa terra. O homem correndo atrás da sua tenda, do seu gado, da sua segurança e da sua própria alegria. Tudo isso é fruto do homem fora da presença de Deus. Agora vamos ler o verso 23 de Gênesis 4: E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Lameque conta algo que ele achava muito bom, conta como é que foi o dia dele. Isso havia se tornado normal e comum, exatamente como nos dias de hoje. Se pisar em alguém, você tem que pedir perdão e depois sair correndo, todo mundo quer se matar. Esse mundo aqui, criado, foi envolvendo o homem até se tornar um sistema. O que o mundo apresenta hoje? Não é a segurança? O homem criou instrumentos cortantes para se defender, criou música para se alegrar, gado pra comer, tenda para morar e foi indo para longe de Deus. Cada vez que o homem constrói algo ou consegue algo, mais para longe de Deus ele vai. Este mundo material é para tirar o homem da presença de Deus. Caim, quando saiu da presença de Deus, edificou uma cidade, tamanha era a fome no seu interior, o buraco no seu interior.Eclesiastes 3:11 Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Entre num shopping, tudo o que tiver ali você vai precisar. Uma loja de roupa, uma loja de cosmético, uma loja de pratos e panelas, uma loja de mobília, uma loja de sapato, tudo você precisa! Incrível! Cabe tudo em você! É um buraco que tem dentro do homem que só uma pessoa pode preencher: Cristo! Enquanto Ele não entrar em sua vida você continuará com essa fome! É a falta de Deus. O homem foi se distanciando, até que nasceu outra geração. Adão gerou dois filhos. Uma foi para longe de Deus e a outra se aproximou de Deus.Gênesis 4:25-26 Tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou. A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR.Segundo alguns estudiosos, Enos, significa: fraco, frágil e mortal, exatamente o que nós somos. Eu invoco porque sou frágil, fraco e mortal. Não foi ontem que se começou a invocar o nome do Senhor, não é uma ideia nossa, é uma prática bíblica. É chamar ao Senhor! Se você chamar a desgraça para a sua vida, ela vem. Mas nós invocamos o nome do Senhor! Oh! Senhor Jesus! Cozinhando, lavando roupa, dirigindo, trabalhando, você pode dizer: Senhor Jesus! Você tem que escolher se você quer uma inauguração ou se você quer o nome do Senhor. Salmos 18:1-6 Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador, o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz e o meu clamor lhe penetrou aos ouvidos. Uma vez que cremos em nossa morte com o Senhor Jesus na cruz, perdemos a nossa filiação com o mundo e o diabo. Deus nos fez seus filhos através daquele sacrifício de nosso Senhor na cruz. Fomos chamados para fora e isso é a Igreja do Senhor. Chamado para fora de onde? Para fora de todo sistema, seja ele mundano, seja ele religioso. É fácil você perceber que o Senhor te chamou do mundo do pecado, da bebida, da droga, do sexo, da ganância, dos seus prazeres para a Igreja que é o Seu Corpo. Ele chama pelo nome as Suas próprias ovelhas. Isso significa que em um aprisco nem todas as ovelhas são dEle, há algumas que pertencem ao próprio aprisco, a denominação. As que pertencem ao Senhor ouvem à Sua voz e vão para fora! Ele chama pelo nome! Imagina o Senhor Jesus entrando no aprisco, olhando 200 ou 300 ovelhas, e Ele não se confunde, Ele chama pelo nome as que Lhe pertencem. As que pertencem ao Senhor: vem para fora! Para fora! Amém.
O TESOURO ESCONDIDO

Jesus certa vez disse: "Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" Mateus 11.25-27.

No corpo de Cristo cada membro é importante e tem uma função importante. Um membro por mais forte que seja não tem maior importância para o Senhor do que outro membro porque tudo provém dEle. É a sua multiforme sabedoria manifestada através de cada membro na Igreja.

O Senhor então nos ensina que quando nos reunimos nenhum dom nos falta. Todos tem; cada um tem. Não há nenhum filho de Deus que não tenha um pequeno dom, ou um talento. Seja um salmo, uma doutrina, uma revelação, língua ou interpretação, tudo deve ser feito para edificação (I Coríntios 14.26).

Depois falem os profetas dois ou três e os outros julguem. Não são os profetas que tem autoridade, mas a Igreja, por isso é ela quem julga. A consciência do Espírito e a mente de Cristo está no cabeça. Sempre o Espírito é quem deve conduzir a reunião. Mesmo que um profeta esteja falando, se a um outro for dada a palavra pelo Espírito, deve calar-se o primeiro (I Coríntios 14.29-30).

Esta é a ordem e a autoridade que o Espírito deve ter nas reuniões. Mas por que o Senhor colocou nesta ordem: os profetas por último? Porque se deixar os profetas falarem primeiro eles tomam conta das reuniões. Um profeta pode falar por uma, duas ou mais horas ininterruptamente. Por isso o espírito do profeta deve estar sujeito ao profeta (I Coríntios 14.32).

Se um profeta começar a falar antes, os humildes e pequeninos nunca terão oportunidade e não poderão dar a sua tão bendita contribuição para o Corpo.

Normalmente se dá valor na Igreja aos mestres e aos profetas; àqueles que necessariamente e pela misericórdia de Deus manejam bem a Palavra de Deus. Graças a Deus pelos seus mestres e profetas, porque não havendo visão o povo se corrompe, mas não podemos ignorar que as pérolas e os tesouros no reino dos céus, como disse Jesus, estão escondidos.

Muitas coisas sabemos, e falamos, mas ela só passa a ser verdade quando se torna realidade em nós. A verdade não é algo poético, mas a própria expressão da Pessoa de Cristo. Podemos ouvir e ler sobre a verdade, mas ela só será verdade quando estivermos andando nela: "Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade" III João 1.3.

Nenhum de nós parte da verdade. Todos nós trazemos uma bagagem imensa de tradições, filosofias e rudimentos do mundo, os quais só nos tornam presas suas. O conhecimento da verdade nos liberta, e nos santifica: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" João 8.32 e 17.17.

As nossas tradições não podem invalidar as Escrituras. Para que todos aprendam e sejam consolados, é necessário andarmos na verdade. Não podemos desprezar as coisas pequenas (Zacarias 4.10) que na maioria das vezes são muito mais preciosas.

Tipos inúteis de fé - J. C. Ryle - J. C. Ryle

Existem dois meios pelos quais um homem pode perder sua alma. Quais são eles?
Ele pode perdê-la por viver e morrer sem nenhuma fé. Ele pode viver e morrer como
um animal, ímpio, ateisticamente, sem a graça e incrédulo. Este é um caminho seguro
para o inferno. Cuidado para não andar por ele.
Ele pode perder sua alma por aceitar determinado tipo de fé. Ele pode viver e morrer
contentando-se com um cristianismo falso e descansando numa esperança sem
fundamento. Este é o caminho mais comum que existe para o inferno.

O que quero dizer com fé inútil?

Em primeiro lugar, uma fé é totalmente inútil quando Jesus Cristo não é o principal
objeto e não ocupa o lugar principal.
Existem portanto, muitos homens e mulheres batizados que praticamente nada sabem
sobre Cristo. A fé deles consiste em algumas noções vagas e expressões vazias. “Mas
eles crêem, não são piores que outros; eles se mantêm na igreja, tentam fazer suas
obrigações; não prejudicam a ninguém; esperam que Deus seja misericordioso para
com eles! Eles confiam que o Poderoso perdoará seus pecados e os levará para o céu
quando morrerem”. Isto é quase a totalidade da sua fé.
Mas o que estas pessoas sabem de fato sobre Cristo? Nada! Nada mesmo! Que relação
experiencial eles têm com Seus ofícios e obra, Seu sangue, Sua justiça, Sua mediação,
Seu sacerdócio, Sua intercessão? Nenhuma! Nenhuma mesmo! Pergunte-lhes sobre a
fé salvífica; pergunte-lhes sobre nascer de novo do Espírito; pergunte-lhes sobre ser
santificado em Cristo Jesus. Que resposta você terá? Você é um bárbaro para eles.
Você lhes perguntou questões bíblicas simples, mas eles não sabem mais sobre elas,
experimentalmente, do que um budista ou um mulçumano.
E mesmo assim, esta é a fé de centenas de milhares de pessoas por todo mundo que
são chamadas de cristãs.
Se você é um homem deste tipo, eu o advirto claramente que tal cristianismo nunca o
levará para o céu. Ele pode fazer muito bem aos olhos dos homens; pode ser aprovado
no conselho da igreja, no escritório, no parlamento inglês ou nas ruas, mas ele nunca
o confortará; nunca satisfará sua consciência; nunca salvará sua alma.
Eu o advirto claramente, que todas as noções e teorias sobre Deus ser misericordioso
sem Cristo são ilusões sem fundamento e imaginações vãs. Tais teorias são puramente
ídolos da invenção humana, tanto quanto os ídolos hindus. Elas são todas da terra,
terrestres; nunca desceram do céu. O Deus do céu selou e nomeou Cristo como o
único Salvador e caminho para a vida e todos que quiserem ser salvos devem
satisfazer-se em serem salvos por Ele, do contrário, de forma alguma serão salvos.
Eu lhe dou um aviso legítimo: Uma fé sem Cristo nunca salvará sua alma.
Mas eu ainda tenho outra coisa a dizer. Uma fé é inteiramente inútil quando se une
qualquer coisa a Cristo com respeito a salvação da sua alma. Você não deve somente
depender de Cristo para salvação, mas deve depender de Cristo somente e
exclusivamente de Cristo.
Existem multidões de homens e mulheres batizados que professam honrar a Cristo,
mas na realidade O desonram grandemente. Eles dão a Cristo um certo lugar no seu
sistema religioso, mas não o lugar que Deus tencionou que Ele ocupasse. Cristo,
exclusivamente, não é “tudo em todos” para suas almas. Não!
É Cristo e a igreja; ou Cristo e os sacramentos; ou Cristo e Seus ministros ordenados;
ou Cristo e a bondade deles; ou Cristo e suas orações; ou Cristo e a sinceridade e
caridade deles, nas quais eles realmente descansam suas almas.
Se você é um cristão deste tipo, eu também o advirto claramente que sua fé é uma
ofensa a Deus. Você está mudando o plano de salvação de Deus em um plano da sua
própria invenção. De fato você está depondo Cristo do seu trono, dando a glória que
Lhe é devida a outro.
Eu não me importo quem lhe ensina sua fé, cuja palavra você confia. Se ele é papa ou
cardeal, arcebispo ou bispo, diácono ou presbítero, episcopal ou presbiteriano, batista,
independente ou metodista; quem quer que acrescente alguma coisa a Cristo, está
ensinando incorretamente.
Eu não me preocupo com o que você está juntando a Cristo. Se é a necessidade de
unir-se a igreja de Roma, ou de ser um episcopal, ou um sacerdote independente, ou
desistir da liturgia, ou de ser batizado por imersão. O que quer que seja que você
acrescente a Cristo no que se refere a salvação, você ofende a Cristo.
Atente para o que você está fazendo. Cuidado para não dar aos servos de Cristo a
honra devida a ninguém, além de Cristo. Cuidado para não dar às ordenanças a honra
devida ao Senhor. Cuidado para não descansar o fardo de sua alma em coisa alguma a
não ser Cristo e Cristo exclusivamente. Cuidado para não ter uma fé que seja inútil e
que não pode salvar.
É horrível não ter nenhuma fé. Ter uma alma imortal confiada ao seu cuidado e
negligenciá-la, é terrível. Porém, não menos terrível, é estar contente com uma fé que
não lhe pode fazer nenhum bem.

Não permita que esse seja seu caso.

As duas visões de Jesus

O verbo ver nas Escrituras é muito significativo. Na língua portuguesa ver é olhar, fixar os olhos, mas no original grego o verbo ver pode ter vários significados.

João 20: 6-8, nos fala mais claramente sobre isto: "Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, e que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu".

Quando diz que Pedro viu os panos, o verbo no original grego é teorei. Ali diz que ele contemplou, examinou, mas não pode compreender como aquele lenço podia estar enrolado separado dos lençóis. Quando fala de João, o verbo viu no original é eiden, isto é, ele viu e compreendeu, ele entendeu que Jesus tinha ressuscitado, e então creu. Pedro viu os panos, e formulou várias teorias, mas João teve revelação na sua visão e pode crer.

Mas João teve uma outra visão de Jesus em Apocalipse 1.12:18. Na primeira ele teve uma visão de fé. Os seus olhos foram abertos para crer no Senhor e na obra realizada na cruz. Naquele momento ele somente teve a revelação da Sua ressurreição, mas a segunda viu a Jesus em toda a sua glória. O apóstolo Paulo também teve estas duas visões. A primeira foi no caminho de Damasco; a segunda, quando foi arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu coisas inefáveis que ao homem não é digno revelar (II Cor. 12.1-4).

A primeira visão que tivemos, foi para nos dar entendimento pelo Espírito para compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus. Coisas que os olhos carnais nunca viram e jamais podiam ver (I Cor. 2.9-13). Mas há a necessidade de outra visão, a de Jesus glorificado. Para vermos isto é necessário outro milagre do Senhor: que Ele nos dê o espírito de sabedoria e de conhecimento. Esta é uma visão que vem pelos olhos espirituais (Ef. 1.17-20).

A cura daquele cego de Betsaida também nos ensina sobre essas duas visões de Jesus (Luc. 8.22-25). A primeira é um milagre real. Fomos regenerados, libertos de nossa natureza perversa e escrava do pecado para andarmos em novidade de vida. Mas será que conseguimos ver o Senhor? Este cego não viu o Senhor. Como este cego, nós também podemos andar um bom tempo não enxergando claramente, vendo apenas os homens e não o Senhor.

Creio que apenas depois de vermos a Jesus, o Cristo exaltado à destra de Deus, com todo o poder nos céus e na terra, iremos fixar os nossos olhos nEle, o autor e consumador da fé (Hebreus 12.2). Só depois disso, iremos fazer como João: cair aos seus pés como morto; negarmos a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-lo.

Meditação do dia

A superficialidade é a maldição do nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é o principal problema espiritual. A necesidade desesperada de hoje não é de um número maior de pessoas inteligentes nem de pessoas talentosas, mas de pessoas com profunidade.
Richard Foster
Homem Interior e o Homem Exterior
Christian Chen : Andai no Espírito


“Compreender esse assunto é o segredo da vida cristã frutífera”

O que significa eu interior e eu exterior? "Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia" - (2 Co 4.16). Aqui há duas frases maravilhosas. Nosso homem exterior corrompe-se dia após dia, contudo nosso homem interior renova-se dia a dia. Isso significa que o homem interior corresponde ao nosso eu interior e o homem exterior corresponde ao eu exterior. O corpo e a alma são o homem exterior. Quando alguém toma decisões neste homem exterior de amar ou de odiar, essa decisão está relacionada ao eu exterior. Mas o espírito do homem com o próprio Espírito, ou Espírito Santo e o espírito do homem, são o novo homem.

A Característica do Novo Testamento - o Homem Interior

Segundo a Palavra de Deus, o cristão tem o homem interior e o homem exterior. Na época do Novo Testamento, a característica é o homem interior, porque esta é a época do Espírito Santo. Isso é algo completamente novo, diferente da época do Antigo Testamento. No Novo Testamento, o Espírito Santo foi dado a cada cristão e fez habitação em cada um; se seguirmos Sua liderança, se andarmos no espírito, este homem interior será renovado dia a dia. Que o homem exterior se corrompa a cada dia. Eu fui crucificado, que ele cresça e eu diminua. Esse é o segredo de nosso viver hoje!

Você pode afirmar que faz alguma coisa, que ama seus inimigos, mas você não é você quem ama, ninguém pode amar em seu homem exterior, em seu homem natural; a antiga natureza é incapaz de amar. No entanto, amamos e vivemos, mas esse viver é segundo o Espírito Santo. Demos graças ao Senhor por isso. Os cristãos são como um paradoxo. O cristão tem de viver essa vida o tempo todo. Se seu homem interior estiver sendo renovado dia após dia, ele se tornará cada dia mais forte e crescerá até a maturidade. Maturidade não significa ter uma mente brilhante e conhecer a Bíblia muito bem. Alguém pode até tornar-se professor de Teologia, pode ter uma alma grandiosa, seu homem exterior pode ser grandioso. Mas e seu homem interior? Ele está sendo renovado a cada dia? Isso é muito importante!

Para que Sejais Fortalecidos no Homem Interior

"Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior" (Ef 3.16). Esse versículo mostra-nos que o homem interior precisa ser fortalecido. A maior parte do tempo nosso homem interior é fraco, mas Paulo ora para que Deus nos conceda que sejamos fortalecidos mediante seu Espírito. Na realidade, Paulo ora para que nosso homem interior seja fortalecido mediante seu Espírito. Nosso homem interior precisa ser fortalecido com poder, e esse poder é um poder interior. Como sabemos disso? Se continuarmos lendo, imediatamente veremos: "Sejais fortalecidos com poder mediante seu Espírito". Então o Espírito Santo que habita em nós nos fortalecerá.

O Capítulo 1 de Efésios fala-nos sobre o poder da ressurreição, o poder da ascensão. Esse poder é maior que o poder da criação, é o poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos. E esse mesmo poder fez com que Cristo subisse aos céus. Esse é o poder do qual Paulo fala aqui. Os cristãos precisam desse poder, então o Espírito Santo os fortalece com o poder da ressurreição e da ascensão. Que privilégio nós temos! Que poder habita em nós! Possa nosso homem interior, não o homem exterior, ser fortalecido. Algumas pessoas costumam exibir-se quando tem algum dom, parecem maravilhosas, mas somos todos fracos em nosso homem interior.

A Vida Vitoriosa

Qual será o resultado se o homem interior for fortalecido com o poder da ressurreição e da ascensão por meio do Espírito Santo? Essa pessoa estará sempre na realidade daquele poder, daquela ressurreição; em outras palavras, a vida tragará toda a morte. Mesmo quando tiver problemas físicos, esse poder vivificará seu corpo.

Algumas vezes, por exemplo, quando nos preparamos para ir à reunião de oração, o inimigo nos ataca, então ficamos cansados, não temos desejo de orar. No entanto, se resistirmos ao inimigo, o poder da ressurreição fortalecerá nosso homem interior, a morte será tragada e experimentamos o poder da ascensão, e iremos orar com nossos irmãos. Descobriremos que estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais, que todos os problemas estão debaixo de nossos pés. É assim que vivemos uma vida vitoriosa.

A Bíblia diz que seremos arraigados e alicerçados em amor. "Habite Cristo em vosso coração". Cristo habita no espírito do homem, porque Paulo disse: "O Senhor seja com o teu espírito". Não há dúvida que Cristo e o Espírito Santo habitam no espírito do homem. Quando o homem interior é fortalecido, a vida dentro do espírito começa a expandir-se. A alma humana é muito forte, é como uma grande muralha para o Espírito Santo no espírito do homem. É como se o Espírito Santo estivesse dentro de uma prisão, entre paredes. A vida de Cristo deseja sair, deseja alcançar nossa mente, nossa vontade e emoções, mas aquela parede é muito forte. Nosso homem exterior é muito forte, ele recusa ser quebrantado. Mas, graças a Deus, quando nosso homem interior é fortalecido, a vida de Cristo não estará mais aprisionada, poderá ser liberada, e descobriremos que Cristo habita em nosso coração.

Habitação de Cristo no Homem

Leia sua Bíblia com o auxílio de uma concordância e procure o significado da palavra "coração". Coração inclui mente, emoção e vontade e também a consciência do espírito do homem. É no coração que se estabelece a comunicação entre espírito e alma. Quando o homem interior é fortalecido, Cristo não apenas habita no espírito do homem, Ele expande Sua esfera de atuação até a alma. Ele não apenas habita no espírito do homem, mas começa a governar sua alma; em outras palavras, Ele passa habitar em seu coração, faz de seu coração Sua morada. Nosso Senhor não deseja apenas visitar nosso coração, Ele deseja fazer habitação ali. Quando Ele habita em nossos corações, Ele governa nossa mente, emoção e vontade. Dessa forma, nossa alma será transformada, pensaremos, então, como Cristo pensa, amaremos como Cristo ama. Estaremos sendo transformados de glória em glória, transformados à imagem de Cristo.

O Espírito Santo forma Cristo em nós, não apenas no espírito, mas também em nosso coração. Então Ele encontra Seu lugar de habitação e, ao mesmo tempo, nós encontramos nosso lugar de habitação, porque estaremos arraigados e alicerçados em amor. O amor é nosso fundamento. Não apenas Cristo encontrou Seu lar, nós também encontramos o nosso. O fundamento de nossa vida é o amor de Cristo. Esse amor é amplo, profundo e alto. Isso é maturidade.

Hoje é como se Cristo estivesse sem lar; Ele está no espírito do homem, mas está aprisionado porque nossa vontade é muito forte.

Quando dizemos não ao Senhor, é como se Ele estivesse aprisionado por nossa alma, porém se nosso homem interior for fortalecido pelo Espírito, então Cristo expandirá Sua esfera de atuação até nossos corações, transformará nossos corações em Sua moradia. Sabemos que o espírito do homem é o lugar de habitação de nosso Senhor. Será que seu homem interior está suficientemente forte a ponto de o Espírito poder penetrar sua alma e Cristo fazer Sua habitação ali?

Quando Cristo faz Sua habitação ali, nós também encontramos nosso lar. Então encontramos nosso descanso. Descobrimos que nossa casa está arraigada em amor. O amor é o fundamento dessa casa. Essa casa é a casa de Deus, a própria igreja. Com isso, podemos entender quão importante é o homem interior, ele precisa ser renovado dia após dia. Precisamos tomar a nossa cruz a cada dia, esse é o processo de crescimento diário, é assim que crescemos. Nosso crescimento no Senhor é gradual, e nosso homem interior precisa ser fortalecido.

Cristo não apenas estará em nosso espírito, mas poderá habitar em nossos corações para que estejamos alicerçados em amor, um amor que excede todo entendimento. Precisamos conhecer esse amor juntamente com todos os santos, por isso o espírito do homem é muito importante. O homem interior pode crescer até a maturidade e, quando isso acontece, descobrimos que estamos cheios de Cristo, e não encontramos nada de nós mesmos. Isso é maturidade. Que o Senhor fale ao nosso coração.

Azeitonas que Não Foram Espremidas

Azeitonas que não conheceram a pressão,
nunca podem azeite conceder;
Se as uvas escaparem do lagar,
o vinho da alegria nunca pode fluir;
Só sendo triturado é que o nardo
pode difundir sua fragrância.
Recuarei então do sofrimento,
ao qual Teu amor induz?
Cada golpe que sofro, é verdadeiro
ganho para mim;
No lugar daquilo que tiras,
Tu te das a Ti mesmo a mim.

As cordas do meu coração
precisam ser esticadas por Ti,
Para provar a música Divina?
A música mais doce deve vir,
do duro tratamento do Teu amor?
Senhor, não temo qualquer privação,
se eu for atraído a Ti;
Quero me entregar em plena rendição,
pra ver todo o Teu coração de amor.

Estou envergonhado, Senhor,
por buscar, guardar sempre a mim mesmo;
Embora Teu amor tenha feito seu despojamento,
Ainda me senti constrangido por Teu caminho.
Senhor, conforme o Teu prazer,
Completa Tua obra em mim;
Desconsiderando meus sentimentos humanos,
Faça apenas o que Te agrada.

Se Tua mente e a minha foram diferentes,
Segue Teu caminho, Senhor;
Se Teu prazer significa minha tristeza,
ainda assim meu coração dirá: Sim!
É meu profundo desejo Te agradar,
Embora eu possa sofrer perdas;
Mesmo que Teu prazer e glória,
signifiquem que eu suporte a Cruz.

Oh, Te louvarei mesmo chorando,
Mistura-Te com meu cântico;
Tua crescente doçura provoca,
louvores de gratidão o dia todo.
Tu fizeste a Ti mesmo mais precioso,
Do que tudo para mim;
Cresça, Tu Senhor, e eu diminua
Esta é agora minha única súplica.

Autor: Watchman Nee


Conhecendo e Testemunhando

W. H. Griffith Thomas

Então, ele disse: "O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz de sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das cousas que tens visto e ouvido." (Atos 22:14,15)

Quando o Senhor encontrou Saulo de Tarso no caminho para Damasco, Saulo fez duas perguntas ao Senhor: "Quem és tu, Senhor?" e "Que farei, Senhor?" A primeira pergunta expressa o desejo de um conhecimento pessoal daquele que lhe apareceu. A segunda pergunta expressa disposição de fazer a Sua vontade.

Essas duas perguntas, que estavam tão intimamente ligadas por ocasião da conversão do apóstolo Paulo, permaneceram inseparavelmente associadas no restante da sua vida sobre a terra. Assim deve ser na vida de cada cristão. O primeiro passo da vida cristã deve ser seguido por um relacionamento para toda a vida com Aquele que revelou a Si mesmo para nós. A segunda pergunta:"Que farei eu, Senhor?" praticamente resume toda a vida cristã a partir do momento em que uma pessoa se converte ao Senhor. O apóstolo descobriu que o segredo da paz e poder, da satisfação e do serviço reside naquele desejo de, ao longo de toda a vida, conhecer e fazer aquilo que o Senhor Jesus iria lhe revelar.

Em primeiro lugar, temos aqui o propósito divino. Aprouve ao Deus de nossos pais tornar a Sua vontade conhecida a nós. Este é o propósito divino para cada um de nós - que conheçamos a Sua vontade. A vontade de Deus é a primeira e também a última coisa em Sua revelação para nós. Conhecer e fazer a vontade de Deus é tudo. De acordo com o livro de Salmos, o Messias que haveria de vir fez a seguinte declaração: "Eis aqui estou, agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu."

Quando Deus descreve o homem ideal, Ele usa as seguintes palavras:"homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade." A primeira parte da oração-modelo que o Senhor Jesus ensinou a todos os Seus discípulos em todas as gerações está relacionada com o propósito e glória divinos e tem como ponto culminante a declaração: "Seja feita a Tua vontade." Da mesma forma, em relação à salvação da humanidade, está escrito: "Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai que pereça um só destes pequeninos." Deus deseja que todos os homens cheguem ao conhecimento pleno da verdade. No que diz respeito à santificação do crente, está escrito: "Pois essa é a vontade de Deus: a vossa santificação." E, com relação ao futuro, à nossa morada celestial, lembramos imediatamente das palavras do Mestre: "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste...". Sendo assim, em todas as coisas e de todos os pontos de vista, conhecer a vontade de Deus é tudo. A vontade de Deus dá alegria, dignidade, poder e glória para a vida. Como somos encorajados, até mesmo na realização daquelas tarefas que costumamos chamar comuns e triviais, quando percebemos que todas as coisas em nossa vida diária estão, de uma forma ou de outra, incluídas na vontade de Deus!

Há um hino intitulado "Seja feita a Tua vontade", que, apesar de muito bonito, contém uma inverdade, pois apresenta em seus versos um ensino inadequado a respeito da vontade de Deus. Esse hino foi escrito por uma irmã, cuja vida foi caracterizada pelo sofrimento, e nós sabemos que, para esta irmã específica, era da vontade de Deus que ela passasse por aquela experiência de sofrimento. Contudo, de acordo com o ensino da Palavra de Deus, um outro aspecto deve ser considerado: na vontade de Deus estão incluídos tanto a ação quanto o sofrimento. Não precisamos esperar a vinda de "dias melhores" a fim de cantarmos "Seja feita a Tua vontade." Mais do que meramente suportar o sofrimento de acordo com a vontade de Deus, nós podemos, aqui e agora, não somente cantar, mas fazer a vontade de Deus.

É propósito de Deus que nós conheçamos a Sua vontade. Essa deve ter sido uma lição surpreendente para Saulo de Tarso. Ele pensava que conhecia a vontade de Deus. Sendo judeu e membro do Sinédrio, Saulo deveria conhecer a vontade de Deus. No entanto, Ananias, aquele humilde discípulo, foi enviado a Saulo e lhe falou a respeito do "Deus de nossos pais." Saulo estivera equivocado. Ele pensava conhecer a vontade de Deus, mas não a conhecia. Há muitos cristãos hoje em dia que se encontram exatamente nesta mesma posição. É possível que eles sejam cristãos já há muitos anos; talvez eles se sintam orgulhosos do conhecimento que possuem, de sua ortodoxia, de sua participação nas atividades da igreja, da posição que eles ocupam entre os demais irmãos. Contudo, eles ainda não conhecem a vontade de Deus. É possível que esses irmãos venham, durante esta semana, a receber uma tal revelação da vontade de Deus que vai surpreendê-los completamente. "...se não vos tornardes como crianças..." - essa é a condição para conhecermos a vontade de Deus. Mas nós, como Naamã dizemos:"Pensava eu ...", e é exatamente nessa forma de pensar que reside o nosso equívoco. Nós dizemos: "Eu pensava que cristianismo era assim; ou dizemos: "eu pensava que nisso consistia a santidade..." ou ainda: "eu pensava que ser membro da igreja significava agir dessa forma ... eu pensava que a vida cristã, a pregação e a obra eram tais e tais coisas ..." Como Naamã, dizemos: "Pensava eu...!" Talvez, antes ainda que chegue o fim-de-semana, muitos venham a conhecer a vontade de Deus de um modo como nunca a tinham visto anteriormente - o propósito divino passará a ser parte de suas vidas.

Em segundo lugar, temos o plano divino: ver o Justo e ouvir a voz de Sua própria boca. Ouvir a Sua voz para agir de acordo com o propósito divino. Esse era o plano divino. Primeiramente, o contato pessoal com Jesus Cristo - ver o Justo. A visão de Jesus Cristo passaria a ser tudo para Saulo de Tarso ao longo de toda a sua vida. Mas como Saulo deveria ver a Cristo? Como "o Justo!" Sabemos que, às vésperas de Sua crucificação, nosso bendito Senhor falou a Seus discípulos que o Espírito seria enviado a fim de convencer o mundo da justiça "porque eu vou para o Pai." Naquela época, o mundo tinha a impressão que Jesus Cristo era um "injusto" e o mataram. Eles pensavam seriamente que Ele era injusto, um blasfemador e, por isso, o rejeitaram. Mas Deus o levantou de entre os mortos, porque Ele era o Justo. Além disso, ele não poderia ter ido para o Pai caso não fosse justo. Ele disse que o mundo seria convencido do pecado porque: "eu vou para o Pai."

Saulo de Tarso estava plenamente convencido deste fato. E Saulo ouviu a voz lhe dizer:"Eu sou Jesus, o nazareno, a quem tu persegues." Se o Senhor tivesse dito: "Eu sou o Filho de Deus a quem tu persegues, "Saulo poderia responder: "Eu nunca te persegui!" Mas o Senhor disse: "Eu sou Jesus de Nazaré" -- nome este que odeias -- "a quem tu persegues." Assim, foi revelado a Saulo que Jesus de Nazaré estava com o Pai e, portanto, era justo.

Jesus, o Justo -- é apenas um outro modo de dizer: "o Senhor, nossa justiça." Ainda é plano de Deus que cada um de nós tenha contato pessoal com Cristo como o "Senhor, a nossa justiça". A visão do "Senhor, nossa justiça " nos purifica. A visão do "Senhor, nossa justiça" -- nos santifica, nos qualifica e glorifica. Será que você, querido irmão, já teve esta visão? Será que nós já vimos o Senhor como nossa justiça para um passado cheio de culpa? Será que já o vimos como nossa justiça para o presente manchado pelo pecado? Será que o conhemos como nossa justiça tendo em vista um futuro perfeito?

Ver o Justo - eu não tenho dúvida alguma que, durante esta semana, muitos verão o Justo. Eles o verão, talvez, em primeiro lugar para sua justificação e, depois, também o verão para a sua santificação.

É preciso vê-lo para nossa justificação. Não aprenderemos nenhuma lição sobre a santificação a menos que, em primeiro lugar, tenhamos conhecido o Senhor como nossa justiça, para nossa justificação. Romanos 3 e 4 devem vir antes de Romanos 6 a 8. A porta de entrada é a justificação, não a santificação. A ordem divina não é justificação através da santificação, mas o contrário, ou seja, santificação através da justificação, através da visão do "Senhor, a nossa justiça!"

Receber uma comunicação pessoal de Jesus Cristo também era parte do plano - Saulo não deveria apenas ver o Justo, mas também "ouvir a voz do Senhor." Que tremendo golpe isso deve ter sido para o orgulho de Paulo - ouvir a voz de Sua boca, a voz do Nazareno, a voz daquele a quem Saulo estivera perseguindo. Saulo deveria ouvir a voz da vontade de Deus através da voz do Nazareno. Naquela manhã, a caminho de Damasco, Saulo descobriu que havia mais coisas no céu e na terra do que ele, em sua filosofia, jamais havia imaginado. Deus tinha um novo modo de revelar a Sua vontade; Saulo deveria "ouvir a Sua voz." Da mesma forma deve ocorrer hoje. Sem dúvida alguma ouviremos, no decorrer desta semana, muitas palavras de Cristo através de Seus servos. Mas isso não será suficiente. Nós precisamos ouvir a voz da Sua boca, devemos ter contato com Cristo através de Sua Palavra; temos de encontrar-nos com Cristo diretamente, face a face e ouvir a voz de Deus falando pelo Espírito Santo.

Em terceiro lugar, temos o projeto divino : "porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido." Esse é o ponto culminante. O propósito e o plano conduziram a este projeto. O que significa "...terás de ser Sua testemunha"? Ser testemunha não significa ser um juiz. Saulo estivera tentando realizar o trabalho de um juiz, e o resultado foi um desastre. Saulo deveria ser não um eco - vago, vazio e sem utilidade prática, não um filósofo, nem mesmo um teólogo, mas uma "testemunha". Tudo o que Deus nos dá, tudo o que Deus nos diz tem como propósito que sejamos testemunhas de Cristo, dando nosso testemuho acerca dele. Provavelmente nenhuma outra palavra seja usada com tanta freqüência no Novo Testamento a fim de expressar o que o cristão deve ser e fazer.

Uma testemunha - alguém que tem conhecimento direto; uma testemunha - alguém que tem experiência pessoal; uma testemunha - alguém que fala e vive tendo conhecimento obtido através da experiência, alguém que fala e vive fielmente, com franqueza e sempre destemido. Somos pais? Devemos ser testemunhas. Nossa autoridade como pais fracassa na mesma proporção em que não temos autoridade como testemunhas. Somos mestres? Só ensinaremos com autoridade quando o que ensinarmos for resultado de algo que experimentamos pessoalmente. Somos escritores? Nossos escritos devem refletir nossa experiência pessoal. O motivo pelo qual atualmente tantos livros sobre a Bíblia e assuntos teológicos são tão secos, insípidos, sem proveito e não convincentes, é porque eles não têm aquela marca do testemunho pessoal por trás dos aspectos da verdade que desejam apresentar. Somos filósofos - recebemos da parte de Deus habilidade intelectual, capacidade para escrever e falar? Nossa filosofia não terá qualquer utilidade, a menos que seja baseada em experiência pessoal. Somos líderes na igreja ou na comunidade? Deus nos concedeu capacidade para administrar? Tais habilidades de nada servirão a menos que nossa vida esteja permeada com o brilho de algo experimentado pessoalmente.

"Terás de ser sua testemunha". Mas em que cirscunstâncias? "Diante de todos os homens." Nosso primeiro testemunho deve ser em nossa casa. Aqueles que estão mais próximos de nós, nossos familiares, estarão nos observando cuidadosamente. Eles desejarão saber o que o Senhor Jesus é para nós - se nós vimos o Senhor, se nós ouvimos Sua voz.

Também teremos de ser testemunhas em nossa congregação. Deveremos declarar o que Deus fez por nossas almas; seja em nossa pregação, seja em nossa prática na vida e obra da igreja, este grande testemunho pessoal de Cristo deve permear todas as coisas.

Possivelmente teremos de ser testemunhas na cidade em que vivemos, posicionando-nos a favor da moralidade, justiça social e pureza. Tenho absoluta certeza que a expressão "diante de todos os homens" significará para alguns trabalho missionário, o qual consiste basicamente na obra de testemunhar. Não apenas a obras de ensinar e treinar obreiros, mas testemunhar a todos os homens acerca das coisas que temos ouvido e visto. O poder disso é incalculável. Em primeiro lugar, o poder do testemunho pessoal é algo para nós mesmos. O apóstolo Paulo está narrando esta história em Jerusalém muitos anos depois de ter recebido aquela visão, mas à medida em que ele faz o seu relato, aqueles eventos retornam à sua memória tão vivos e cheios de significado quanto no momento em que ocorreram. Assim também deve ser conosco quando olhamos para trás. É possivel que já tenha se passado dez, quinze ou vinte anos desde que nos convertemos, mas nós não devemos ficar vivendo meramente de lembranças. Nós devemos voltar com alegria ao fundamento e aos fatos de nossa experiência pessoal e, nela, encontrar a promessa de todas as coisas em nossa vida cristã. Nós temos de ser capazes de dizer: "Eu sei em quem tenho crido". À medida que contamos a história daquilo que Deus tem sido ao longo de todos aqueles anos, nossa fé será fortalecida, nossa confiança arraigada e alicerçada em Cristo. E, apesar de todas as tentações para duvidar e entrar em desespero, nós olharemos para o Senhor e diremos:

Aquele que experimentou o Espírito do Altíssimo,
Não pode confundir-se, nem dele duvidar ou negá-lo;
Ao contrário, negue, em alto e bom som, o mundo,
Permaneça, pois, ao Seu lado.

Em segundo lugar, o poder do testemunho pessoal é algo para os nossos semelhantes. O testemunho de nossa expêriencia pessoal é um argumento a favor do cristianismo que não pode, de modo algum, ser questionado. Paulo estava em Jerusalém entre seus velhos amigos. Havia uma multidão à sua volta. Seria aquele um momento para " expressar sua eloqüência? ou habilidades pessoais, ou capacidade de argumentar?" Não, Paulo usou aquela oportunidade para uma só coisa: um testemunho pessoal daquilo que Jesus Cristo era para ele. Não há maior inimigo para o cristianismo nos dias de hoje do que uma mera confissão. Não há maior desonra para o cristianismo atualmente do que alguém proclamar-se cristão e, ao mesmo tempo, não viver o cristianismo na vida diária. Não há maior perigo hoje em dia no mundo cristão do que falarmos a favor da Bíblia e, no entanto, negarmos a Bíblia pelo nosso modo de vida. Não há maior empecilho para o cristianismo hoje do que defender a ortodoxia, seja qual ela for e, ao mesmo tempo, negá-la pela secura e indiferença com que defendemos nossa causa.

Oh, este poder do testemunho pessoal - ter o coração cheio do amor de Cristo, a mente saturada com o ensino de Cristo, a consciência sensível à lei de Cristo, ter todo o nosso ser resplandecendo com a graça e amor de nosso Senhor Jesus Cristo! Esse é o propósito de Deus, esse é o plano de Deus para nós.

Quando santidade e serviço estão presentes, então a felicidade necessariamente também estará presente. Assim, nós também devemos conhecer, ver, ouvir e então ser testemunhas. Nós estamos agindo dessa forma? Há pessoas no mundo ao nosso redor que nunca abriram uma Bíblia. Eles nunca leram a Bíblia, mas estão lendo as nossas vidas. Será que as pessoas podem ver Deus em nossas vidas? Elas podem olhar para nós e dizer: "Eis alguém que me lembra a Cristo". Estamos nós permitindo que nossa luz brilhe para que os homens possam ver, não a nós, mas nosso Pai, nosso Salvador em nós; e glorificar, não a nós, mas nosso Pai que está no céu? Esse é o real teste de uma conferência como esta. Portanto, vamos viver na presença de Deus; vamos entregar-nos ao Cristo de Deus; vamos nos manter bem próximos à Palavra de Deus; recebamos em nossos corações a graça de Deus, busquemos a plenitude do Espírito de Deus e, então, vivamos ainda mais intensamente para a glória de Deus.