Os Segredos da Amizade com Deus

Conferência em São Paulo.

Quatro Ministrações da Palavra de Deus.

Os Segredos da Amizade com Deus


Quatro Ministrações da Palavra de Deus.

Conferência em São Paulo.

Quatro Ministrações da Palavra de Deus.

O modelo da vida de Paulo & A vida cristã nos lugares celestiais.


O repouso do Senhor

O Senhor Jesus Cristo tem pleno cuidado de nós; ele conhece todas as nossas necessidades e sempre as supre. Se ele alimenta as aves do céu e veste as ervas do campo, quanto mais a nós? (Mat. 6:26; 28-30). Mas ele quer que aprendamos a descansar nele; que entremos em seu repouso. Por isso em 1ª Timóteo 2:1-3 o apóstolo Paulo nos aconselha que permaneçamos em constante oração para que vivamos quietos e repousadamente, porque isto é bom diante de Deus. Mas isto não é só um conselho do apóstolo, mas também um mandato de Deus, para que conheçamos que ele é Deus, e que está conosco (Sal. 46:10-11).

Hebreus nos fala sobre o povo do Israel, o qual lhe negou a entrada no repouso por sua incredulidade e desobediência (Heb. 3:18-19); quer dizer, o não poder descansar em Cristo é uma conseqüência do nosso pecado de incredulidade. Se não aprendermos a descansar e a confiar no Senhor, é porque não cremos no Senhor; e, além disso, desobedecemos ao seu mandato de estar quietos e repousar nele. Só aqueles que crêem no Senhor são os que podem entrar em seu repouso. (Heb. 4:3a). Por isso aqui mesmo em Hebreus 4:1 também nos exorta a que tenhamos temor de Deus, para não acontecer que permanecendo ainda a promessa do seu repouso, alguns não a tenham alcançado. Porque, além disso, caímos em outro pecado: a falta de temor a Deus, e, além disso, nos leva a ser néscios, visto que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor (Prov. 1:7).

Em Mateus 15 é narrado a multiplicação dos pães e dos peixes. Jesus mandou que a multidão se sentasse; e em seguida foram saciados. Primeiro o repouso, depois a plenitude. Igual no Pentecostes (Atos 2:1-2). Os discípulos, enquanto esperava a promessa, eles estavam sentados (em estado de repouso), então foram cheios do Espírito Santo.

Este mesmo repouso é quando somos vencedores, não por nós mesmos, mas sim por Cristo, mas só quando descansamos nele. Em 2 Crônicas 20:16-17 o Senhor nos manda estar quietos na guerra, porque ele é quem peleja a batalha por nós. Por isso Isaías 30:15 nos diz que no descanso e no repouso seremos salvos. E em quietude e confiança estará a nossa fortaleza. Esta é a maneira de enfrentar qualquer situação que inquiete as nossas almas: descansando em Cristo (Sal. 62:5).

Mas este não é um repouso qualquer, mas é um repouso consagrado ao Senhor, um repouso santificado (Jer. 17:21-22), pois Cristo é o nosso repouso e este repouso é sinal entre Deus e o seu povo (Êx. 30:13). Por isso este repouso é motivo de festa e regozijo no Senhor (Ester 9:17-18). Enquanto eu descanso, o Senhor supre todas as minhas necessidades. Por isso Hebreus 4:11 nos exorta a procurar entrar no repouso; e antes diz que "se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como no dia da provocação", pois o não entrar no repouso do Senhor é causa da nossa incredulidade, é motivo de desobediência, falta de temor, necedade e, além disso, provoca a ira do Senhor. Como Israel, que tentou o Senhor no dia da provocação, e jurou o Senhor em sua ira que não entrariam em seu repouso. E vagaram 40 anos no deserto.

É a morte o fim de tudo?

A julgar pela forma como muitos vivem, parece que a morte é o fim de tudo. Eles fazem tesouros na terra, amontoam riquezas, procuram o prazer, vivem segundo o princípio latino do 'carpe diem' (colha o dia, viva hoje).

Há outros que sabem que a morte não é o fim, mas vivem como se fora. Eles adiam procurar a Deus. Esperam um melhor momento futuro, talvez quando forem velhos, e os prazeres da vida já não lhes atraiam. Parece como se eles tivessem a vida comprada e pudesse dispor dela sem restrições. No entanto, muitos deles morrem antes de poder pensar
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O que diz a Bíblia a respeito? A Bíblia nos abre algumas janelas mais além. Nela é contada a história de um rico cuja herdade tinha produzido muito. Enriqueceu-se tanto, que os seus celeiros se fizeram pequenos. Então disse: "Os edificarei maiores, e ali guardarei todos os meus frutos e os meus bens; e direi a minha alma: Alma, muitos bens tens guardado para muitos anos; repousa-te, come, bebe, regozija-te. Mas Deus lhe disse: Néscio, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?" (Lc. 12:13-21).

Em outro lugar temos a história do rico e Lázaro, um mendigo que se sentava à porta daquele, pedindo esmola. Ambos morrem, e as suas almas não desaparecem nem dormem, mas vão para lugares muito definidos. Lázaro vai para o "seio de Abraão", entretanto, o rico vai para um lugar de torturas. Ali cada um tem uma sorte muito diferente. (Lc. 16:19-31). A história de ambos não termina no túmulo.

Em outro lugar é registrado um episódio em que uns saduceus perguntam ao Senhor Jesus a respeito da ressurreição dos mortos. Eles não crêem em tal coisa, mas o Senhor mostra-lhes que existe a ressurreição. Aqueles que ressuscitam o Senhor diz: "Já não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos", e em seguida acrescenta: "Porque Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos, porque para ele todos vivem" (Lc. 20:27-38). A ressurreição está além da morte.

A morte não é o fim de tudo. A Bíblia diz, além disso, que "está estabelecido para os homens morrerem uma só vez, e depois disto o juízo" (Heb. 9:27). Em Apocalipse é mostrado o juízo diante do magnífico trono branco, "diante do qual fugiram a terra e o céu". João diz: "E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante de Deus; e os livros foram abertos … e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap. 20:11, 12). O juízo dos homens também vem depois da morte.

Portanto, a morte não é o fim; ao contrário, ela pode ser antes do tempo o começo dos verdadeiros e grandes problemas para os que hoje são incrédulos. No entanto, hoje ainda vigora o convite para receber a vida eterna, a qual é recebida gratuitamente por crer em Jesus Cristo (Rom. 6:23). Se alguém se perder, não será por seus grandes pecados, mas sim por sua incredulidade ao evangelho de Deus.

Fonte e rio

Quando a mulher samaritana deu ao Senhor água do poço de Jacó, lhe oferece água de uma fonte. É claro que não se trata de uma fonte natural, mas sim da fonte da água de vida. "Quem beber da água que eu lhe der, jamais terá sede; mas a água que eu lhe der será nele uma fonte que salte para a vida eterna" (João 4:14). A palavra fonte, que pode entender-se como bacia, pode ser traduzido melhor como manancial; e em vez de dizer que salte pode traduzir-se por borbulhar. 

É um manancial de água de vida borbulhando o que terá a mulher em seu coração. O poço espera por você para que vá e retires o que necessitas; mas um manancial é auto-suficiente. E este manancial é ainda mais precioso, pois provê o fornecimento de dentro, sem que você tenha que ir buscá-lo em alguma parte. A fonte ou manancial nos fala, pois, de um fornecimento permanente, e, além disso, de que a água correrá de dentro de nós mesmos, portanto, é uma água corrente, não estancada. 

Mais pura que a de um poço, mais transparente e cristalina. Entretanto, a figura da água não para aí. Pouco mais adiante no Evangelho de João encontramos um rio. "Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior, correrão rios de água viva" (7:38). 

É a continuação do ensino sobre a água de vida. Ali é um manancial e aqui é um rio. O rio surge em um manancial, mas é mais que um manancial. É o leito que avança, vivificando, abençoando a muitos em seu curso. E esta água, primeiro na fonte e agora no rio, é o Espírito Santo. Diz-nos o Senhor. "Isto disse do Espírito que haviam de receber os que cressem nele" (v. 39). 

É o Espírito Santo, não fora de nós, mas sim dentro de nós. Este Espírito é fonte e é rio. Fonte, porque provê o fornecimento, e rio, porque flui para bênção de outros. É fonte, porque não pára de nos abastecer, e é rio, porque não pára de abençoar a outros. No livro de Apocalipse tornam a aparecer à fonte e o rio. A fonte no capítulo 21, e o rio no 22. O Senhor convida: "Aquele que tiver sede, eu lhe darei gratuitamente da fonte da água da vida" (21:6). E o rio, está na Nova Jerusalém. Com efeito, ali há um rio limpo de água de vida, resplandecente como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. Este rio rodeia a árvore da vida, que produz doze frutos, e cujas folhas são para a cura das nações. O rio de Deus é o que vivifica a árvore. É o mesmo rio de Deus, que nos vivifica hoje, e que seguirá nos vivificando por toda a eternidade.